Nasci em Salvador, em 25 de agosto de 1971. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus escritos, meus escritos são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! Mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas…
Aí vai! Estou na casa dos quarenta, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a eternidade. Nasci no rigor do inverno baiano, temperatura: 27 graus; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro – o mesmo tendo acontecido com Isaac Newton! Excusez du peu…
Na verdade, prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou imodesto. Resisti a isso durante um tempo, mas acho afinal que têm razão. Sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque todo escrito revela insatisfação, um anseio de auto-superação. Um escritor satisfeito não satisfaz.
Olá, Marcos
Divertidissima a sua descrição de si mesmo. Parabéns pelo blog. Lerei sempre que possivel. Grande beijo e muita sorte em tudo o que fizeres.
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